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sábado, 30 de maio de 2009

NEIM PROMOVE



I Seminário Genero, Raça, Classe e Identidade Social na França e no Brasil

Período: 5 a 8 de Agosto de 2009
Local: Escola Politécnica/UFBA - Salvador - Bahia
Instituições Coordenadoras do evento
No Brasil: NEIM/UFBA, UNEB/UFV/UFF e Univasf E Associação De Pesquisadores Negros Da Bahia (APNB).
Na França: CRBC/EHESS (França)


A Coordenação do I Seminário Internacional, Gênero, Raça, Classe e Identidade Social no Brasil e na França, convida pesquisadoras/es franceses/as e brasileiras/os, estudantes de graduação e pós-graduação, especialistas, profissionais, integrantes dos diversos núcleos, centros e programas universitários e de pesquisa do Brasil e da França, assim como secretarias de governo, núcleos de gênero de empresas públicas, sindicatos, partidos políticos e outros, com pesquisas recentes sobre o tema, para debater sobre a relevância das intersecções de gênero, raça e classe e o lugar ocupado por grupos alvos de discriminações baseadas na percepção do corpo, particularmente de negros e mulheres no espaço social na França e no Brasil. O estudo da condição feminina e dos negros no espaço social compreende tanto a objetivação da posição relativa dessas populações através de mapas e tabelas estatísticas, quanto a análise de representações dessa posição relativa totalidade social e da memória histórica, ou ainda fundada em cosmologias religiosas provedoras de imagens da diáspora de afrodescendentes.

O interesse de nossa proposta é buscar relacionar as questões comuns ao estudos de gênero, raça e classe e suas intersecções, para examinar, simultaneamente, o que tem sido pensado sobre os descendentes de Africanos vivendo em outros continentes e o sentido das mobilizações com base na condição de negros/as para liquidar com as estigmatizações racistas e sexistas, promover a mobilidade social e aumentar sua liberdade de decidir sobre os destinos coletivos.

Os resultados poderão clarificar a eficácia de políticas públicas no sentido da superação das históricas desigualdades apontadas.

OBJETIVOS
Realizar o I Seminário Internacional, “Gênero, Raça, Classe e Identidade Social no Brasil e na França” com a participação de cientistas sociais franceses/as e brasileiras/os, com pesquisas recentes sobre o tema, para debater sobre a intersecção desses determinantes sociais e o lugar ocupado por grupos de negros no espaço social na França e no Brasil, especialmente os contingentes femininos.

Estimular o intercâmbio permanente entre França e Brasil, para avançarmos nas discussões, tanto teórico-metodológicas quanto políticas, que poderão melhor subsidiar a formulação de políticas públicas que visem a igualdade racial e de gênero.

Publicar um livro com os resultados do evento.

PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA AVALIAÇÃO
A idéia é trabalharmos em torno de mesas redondas, conferências e grupos de trabalho sobre os diversos temas relacionados. Para as mesas e conferências, convidamos vários/as estudiosos/as de renome da área, tanto nacionais como franceses.

Para os grupos de trabalho, haverá inscrições com envio de resumos espandidos que serão avaliados por uma Comissão Científica composta pelas seguintes universidades: UFBA,UNEB/ UFC/UFF e UNIVASF e Associação de Pesquisadores Negros da Bahia (APNB) e serão disponibilizados livro de resumo. Neste evento há a possibilidade de inscrição em duas modalidades: sem apresentação de trabalho(s) (ouvinte) ou com apresentação de trabalho (comunicação oral).

INSCRIÇÃO
COM APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
O evento está aberto à participação de pesquisadoras(es),doutoras/es, mestres/as estudantes de doutorado, mestrado, especialização e graduação mediante a apresentação de comprovante de pagamento da inscrição no evento. As inscrições com apresentação de trabalho poderão ser realizadas até 25/07/2009, início do evento.

As/os participantes deverão apresentar seus trabalhos escritos, previamente, para uma vez submetidos ao debate, serem publicados sob a forma de livros tanto na Europa quanto no Brasil. Cada participante tem direito a escolher dois GTs, sendo que o Comitê científico definirá o grupo de maior afinidade do trabalho e comunicará a/o participante.

GRUPOS DE TRABALHO (GTs)
GT1: Diáspora Africana na perspectiva dos estudos de gênero e raça
GT2: Sexualidade, Gênero e Raça
GT3: Políticas Públicas de Promoção da Igualdade racial e de gênero
GT4: Estudos de Gênero e Raça no Brasil e na França
GT5: Movimentos Sociais e as Relações de Gênero e Raça
GT6: Globalização, Negritude e Feminismo
GT7: Juventude Negra: Desafios Contemporâneos do Feminismo
GT8: Mulheres, Terreiros e Quilombos Rurais e Urbanos
GT9: Questão Indígena na perspectiva de gênero e etnia

Essa modalidade de inscrição dá direito a certificação como apresentação de trabalho atendendo ao critério de no mínimo 75% de presença no Evento e apresentação do trabalho por uma/um das/dos autores/as. Não haverá devolução das taxas de inscrições pagas em nenhuma hipótese.

DATA LIMITE PARA ENVIO DE RESUMO ESPANDIDO: 06/07/09
DATA ACEITE DE TRABALHOS: 24/07/09
DATA LIMITE PARA INSCRIÇÃO: 25/08/09

VALOR DA TAXA PARA ESTA CATEGORIA:
Profissionais/Pesquisadoras(es),doutoras/es R$ 70,00
Professores/as de Escolas Públicas e Particulares (nível superior) R$ 60,00
Estudantes de pós-graduação:mestrado, doutorado e especialização R$ 50,00
Estudantes de graduação: R$ 30,00

ESPECIFICAÇÔES DO RESUMO EXPANDIDO
• Formato Word, de 03 a 4 páginas, com espaço 1,5 e fonte Arial tamanho 12 com o arquivo correspondente em formato pdf.
• O título deve ser seguido do nome dos autores (máximo de 2) do trabalho com seus vínculos institucionais.
• Os trabalhos também devem ser enviados por e-mail, arquivo em Word, com o arquivo correspondente em formato pdf.

SEM APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
Essa modalidade de inscrição destina-se aos movimentos sociais, profissionais de secretarias de governo, núcleos de gênero de empresas públicas e privadas, sindicatos, partidos políticos e outros, que buscam as questões relativas às relações de gênero, raça, classe e identidade social nos países proponentes. Essa modalidade de inscrição dá direito a certificação como participante, atendendo ao critério de no mínimo 75% de presença no Evento.

VALOR DA TAXA PARA ESTA CATEGORIA:
Profissionais/Pesquisadoras(es),doutoras/es R$ 60,00
Professores/as de Escolas Públicas e Particulares (nível superior) R$ 50,00
Estudantes de pós-graduação:mestrado, doutorado e especialização R$ 40,00
Estudantes de graduação: R$ 20,00
Movimentos Sociais: R$ 10,00

E-MAIL PARA INSCRIÇÕES: seminariobrasilfranca@gmail.com
NEIM/UFBa - Salvador - Bahia - Telefax: (071) 3237-8239

COORDENAÇÃO GERAL
Cecilia Maria Bacellar Sardenberg (NEIM/UFBA)
Antonia dos Santos Garcia (PPGNEIM/UFBA)
Salete Da Dalt (Coordenadora de pesquisa do DataUff /UFF)
Cláudia Cardoso (PPGNEIM/UFBA)
Afrânio-Raul Garcia - CRBC/EHESS (França)
Mônica Schpun (EHESS/França)
Silvana Santos Bispo (PPGNEIM/UFBA)
Zuleide Paiva da Silva (UNEB)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Alguns dados do Kiu

O Grupo surgiu a partir da associação de estudantes da UFBA e da UCSal em 2004. Naquela época os estudantes envolvidos com o movimento estudantil debatiam a necessidade de construção de um fórum nacional que discutisse a sexualidade no âmbito da universidade. Já havia rolado o I ENUDS em MG, e Wesley Francisco e Dário Neto foram os principais estimuladores para a criação de grupos nas universidades que tivessem ao mesmo tempo uma agenda política local e nacional. Em Salvador, havia um contexto cultural que favorecia o surgimento de novas articulações políticas e a construção de novas formas de ativismo, distantes do pensamento unitário típico das estruturas partidárias da velha esquerda, da abordagem essencialista da sexualidade e do gênero e, principalmente, crítica em relação à institucionalização, hierarquização e "ongueirização" que dominava qualquer tipo de iniciativa civil desde a década de 80. Outro fator característico era a abertura a experiências auto-gestionárias, o anti-personalismo (ninguém queria se destacar mais que o grupo, pois isso recordava o coronelismo carlista), e acima de tudo o anti-autoritarismo, o rechaço a decisões por votação majoritária que lembrava constantemente as minorias produzidas pela democracia representativa. Prezava-se o dissenso, a construção de propostas através da negociação dialógica e exaustiva, a articulação entre diferentes posições de subalternidade (gay branco, lésbica negra) e, principalmente, a abertura à colaboração dos heterossexuais e bissexuais, que se implicavam no própio questionamento de seus privilégios de gozar uma identidade "hegemonicamente majoritária", em termos de poder simbólico. Ao mesmo tempo partia-se do princípio que em matéria de desejo e sexualidade as coisas não são 2 + 2 = 4. Neste ambiente, havia desde 2003, a Rodinha com suas reuniões semanais nas escadarias da Biblioteca Pública dos Barris, o I Festival da Livre Expressão Sexual em 2003, o CECSOS que desde 2001 bombava com pequenas ações de caráter político e cultural. A primeira ação do que seria o KIU foi a organização do II Pré-ENUDS, 09 - 11/04/2004, que teve um caráter de encontro com uma mesa onde debateram Mott, Dário Neto, Terezinha Gonçalves e Sandro Correia. Assim como discutiu propostas de organização do II ENUDS em Recife, 03 a 07/09/2004. Logo após o ENUDS, os estudantes que estiveram na organização do Pré-ENUDS e do ENUDS decidiram criar um grupo, portanto, oficialmente a data de nascimento do KIU poderia ser o dia de sua formalização como coletivo, 19/09/2004, data da primeira ata do mesmo. Porém a primeira ação do grupo no âmbito local, foi uma mostra de vídeos na FFCH/UFBA em 2004, que gerou uma grande polêmica. A segunda ação foi em 2005, havia já intitulamos a atividade de ocupação da FFCH em resposta à represália da direção no ano anterior por conta de supostos vídeos obscenos exibidos em público. Em 2006, houve uma terceira ação, para logo em 2007, surgir a I Semana Universidade Fora do Armário, realizada também em 2008.

Documento anexo:

KIU! Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual

Ata de Reunião - 16.09.04 – UCSAL


Pauta:

Avaliação do II ENUDS – Recife;
Formação do grupo;
Reunião da Comissão do III ENUDS;
Marcelo Cerqueira;
O que ocorrer;


Avaliação do II ENUDS:

1.1. Divisão das cinco passagens liberadas pela UCSAL;
1.2. Participação política do grupo;
1.3. Processo de construção do ENUDS e participação de heterossexuais no MDS;

Formação do grupo:

1.1. Histórico do grupo / unidade – heterogeneidade entre os membros / perspectivas e rumos;
1.2. Nome do grupo: duas propostas, uma de Alter (JUMP – DS: Jovens universitários mobilizados em prol da diversidade sexual) e a outra de Ricardo (KIU!). Consensualmente o grupo escolheu KIU! (Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual);
1.3. Ações:
1.3.1. Grupo de estudo acadêmico sobre sexualidades e relações de gênero:
- elaborar calendário temático para três meses de ação;
- realização dos encontros de 15 em 15 dias;
- requer leitura prévia da bibliografia que será definida pelo grupo;
- Vida ficou de pedir apoio a Neuza, proprietária do Bar Bananas – Beco para que a mesma libere o local para os encontros que seriam aos sábados;
- Vida e Hélio ficaram de articular cópias de texto gratuitas;
1.3.2. Oficinas e palestras:
- serão realizadas mensalmente nas universidades e faculdades representadas pelos membros do grupo;
- a organização das oficinas e palestras é de responsabilidade dos alunos das universidades e faculdades onde elas acontecerão;
1.3.3. Fanzine: Alter e Wesley apresentarão uma proposta na próxima reunião;

Reunião da Comissão do III ENUDS – 13, 14 e 15/novembro em Salvador-Ba:
- Convocatória – Wesley;
- Local: UCSAL – Federação (Hélio Silva e Vida) / FACED – Canela (Fábio);

Marcelo Cerqueira:
- Vida e Manuela: relação com GGB e com Marcelo Cerqueira;
- Relação do KIU com a candidatura de Marcelo Cerqueira;

Presentes:

Alex Simões, Alter Fernandez, Edileuza Vida, Fábio Queiroz, Hélio Silva, Ricardo Santana, Wesley Francisco.

quinta-feira, 7 de maio de 2009


Pornografía/pos-pornografía: estéticas y políticas de representación sexual

Taller dirigido por Beatriz Preciado

A pornografia, desqualificada como um código fechado, repetitivo e puramente instrumental, foi rechaçada como objeto válido de análise cinematográfica ou filosófica. Frente a esta hipótese anti-hermeneútica, os Porn Studies, apoiados na leitura da História da Sexualidade de Foucault e continuado depois por críticos como Linda Williams, Walter Kendrick, Richard Dyer ou Tom Waugh afirmam que a pornografia é o reflexo de uma divisão política do campo da representação.

A pornografia, distante de ser um discurso sem importância, é uma das disciplinas centrais de produção do corpo e da sexualidade normativa na modernidade. Frente a este regime hegemônico dirigido à produção do prazer masculino heterossexual, aparecem a partir das últimas décadas do século XX, com artistas y coletivos como Annie Sprinkle, Fatal Video o Bruce LaBruce, um conjunto de representações que objetivam descentrar o código e abrir a posibilidade de produzir outras sexualidades e outros sujeitos de prazer que até agora apareciam como perversos ou irrepresentáveis.

Esta palestra terá como objetivo desenhar brevemente uma genealogia das transformações dos códigos político-visuais da pornografia desde sua aparição até a emergência dos discursos e representações pós-pornográficos, questionando os lugares comuns y sublinhando as relações entre pornô, resistência a normalização sexual e políticas de gênero.

PROFESORA INVITADA

Beatriz Preciado 

Filósofa e ativista queer. Autora do Manifiesto Contra-Sexual e de Testo Yonqui, assim como de numerosos ensaios sobre corpo, representação e micropolíticas sexuais. Atualmente ensina na Universidad de Paris VIII e no Programa de Estudos Independente do Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona. En 2003, dirigiu a Maratón Postporno, o primero encontro internacional sobre pornografia, pós-pornografia y políticas queer.


Quando

14 de Mayo 2009
18:00 a 21:00h

ESPACIO TRAVESÍA
Travesía de San Mateo, 8
28004 Madrid
Información: 91 308 72 69


Festival Independente de Cine para Adultos em Madrid



O Festival Independiente de Cine para Adultos é um festival multidisciplinar e pretende oferecer ao público adulto um espaço para reflexões em torno das representações visuais da sexualidade. De 14 a 17 de maio de 2009 em Madrid serão exibidas películas em diversas salas, desde clássicos a curtas experimentais provenientes de muitas partes do mundo. Acompanhado de debates com a participação da teórica queer Beatriz Preciado, discussões e festas.

A proposta do festival é muito interessante, objetiva mudar um pouco a tônica dos festivais e os debates ao centrar no prazer e não na dor. Busca tratar das representações visuais no campo do cine pornô, dos discursos pedagógicos da indústria pornô em relação ao corpo e à sexualidade. Nos convida a uma deliciosa descontrução do sujeito da sexualidade, e principalmente, nos estimula a desnaturalizar tantas matrizes que participam da construção de nossos olhares frente a sexualidade e a nós mesmos.

Há muita polêmica quanto ao nome do festival (cine para adultos) por parte dos ativistas do Pós-pornô e do Pornô-terrorismo por soar comportada. Inclusive pelo fato de ser apoiada por Beatriz Preciado, famosa por sua impostura queer e "no sense" no mundo acadêmico europeu. 

Publico informações sobre o evento a título de informe, pois estou longe de querer tomar os movimentos queer europeus como modelos de ativismo para o Brasil, assim evito desentendimentos com parte do movimento LGBT que se organiza corporativamente para fazer críticas à teoria e ao movimento queer. Acredito que uma boa parte nunca se dispôs a ler sobre as teorias queer ou compreender os movimentos queer, já que são muitas as referências (Butler e Preciado) e diversas as agendas políticas (EUA, Espanha ou França). De todo modo, adianto que não acredito que a teoria e o movimento queer, ademais de questionar os postuados essencialistas e a política da identidade como era feita "tradicionalmente" tenha como objetivo eliminar os movimentos LGBT'S tradicionais. São miradas distintas, ações e agendas políticas muito diferentes. Deixemos de lado o medo e gozemos com as novas abordagens e propostas políticas que surgem.








Boletín da Anistia Internacional sobre Direitos das Minorias Sexuais


Muito interessante o Boletín sobre Minorias Sexuales y Derechos Humanos publicado pela Anistia Internacional. Traz algumas notícias curtas sobre casos de homofobia no mundo, assim como ações e movimentos pela conquista de Direitos Civis em alguns países e organismos internacionais como a ONU, por exemplo. É interessante sair um pouco do nosso umbigo, sair do foco dos EUA e Europa e olhar um pouco a realidade dos países periférios, ou do sul, ou subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.


Anistia Internacional (em español)